esteve presente na mente humana. A apreensão do
meio ambiente e a elaboração de estruturas abstratas para representá-lo foram
uma constante na da vida em sociedade desde os primórdios da humanidade até os
nossos dias. Mas a história da cartografia teve início com o primeiro testemunho tangível de
representação cartográfica (o fato de desenhar um mapa sobre o primeiro suporte
disponível), dando existência concreta à antiga abstração.
Ao substituírem o espaço
real por um espaço analógico (processo básico da cartografia), os homens adquiriram um domínio
intelectual do universo que trouxe inumeráveis conseqüências. Os mapas eram
considerados marcos significativos da evolução da humanidade; por conseqüência, aqueles que não
indicassem algum progresso rumo à objetividade deixavam de ser seriamente
estudados.
1.2.1 MAPA
Representação dos aspetos
geográficos-naturais ou artificiais da Terra destinada a
fins culturais, ilustrativos ou científicos.
Definição do Dicionário
Cartográfico (Oliveira, 1980, pag 233) Mapa
1. Representação gráfica, em geral uma superfície plana e numa determinada escala, com a
representação de acidentes físicos e culturais da superfície da Terra, ou de um planeta ou satélite.
As posições dos acidentes devem ser precisas, de acordo, geralmente, com um sistema de coordenadas. Serve igualmente para denominar parte ou toda a superfície da esfera celeste.
O mapa, portanto, pode ou
não ter caráter científico especializado e é frequentemente construído em escala pequena, cobrindo um
território mais ou menos extenso.
Já ouvimos muita gente
falando: "aaah carta aérea é um mapa com aerovias e tal" mas tomem cuidado, mapa e carta possuem características
distintas, um mapa nada mais é que uma representação gráfica de parte da
superfície do planeta que é desenvolvida num plano em que são mostradas seus
aspectos físicos.
Mapa Físico do Brasil
1.2.2
CARTA
Ø Definição Simples: Representação
precisa da
Terra, permitindo a medição de distâncias, direções
e a localização de pontos.
Ø
Definição do Dicionário Cartográfico: (Oliveira, 1980, pag 57): Carta. representação dos aspetos naturais e artificiais da
Terra, destinada a fins práticos da atividade humana, principalmente a
avaliação precisa das distâncias, direções e a localização geográfica de
pontos, áreas e detalhes; representação plana, geralmente em média ou grande escala, de uma superfície da Terra,
subdividida em folhas, de forma sistemática, obedecendo um plano nacional ou
internacional. Nome tradicionalmente em pregado na designação do documento cartográfico de
âmbito naval. É empregado no Brasil, também como sinônimo de mapa em muitos
casos.
Assim, a carta é
comumente considerada como uma representação similar ao mapa, mas de caráter
especializado construído com uma final idade específica e geralmente em escala média ou
grande; De 1:1.000.000 ou maior.
A definição de carta como
“mapa de alta precisão” chama a atenção para diferença entre precisão
cartográfica e conteúdo cartográfico.
A precisão depende das
normas de posição planimétrica e altimétrica que determinam onde cada acidente
está localizado na carta. Desta forma, ela reflete o controle aplicado na confecção de mapas e
cartas e não depende da qual idade de detalhes do mapa, o que faz parte do conteúdo. O conteúdo está
altamente condicionado pela escala e pela época da confecção.
Aliás, uma carta topográfica com apenas três pequenas ilhas tem muita precisão e pouco conteúdo, enquanto um mapa de uma área urbana feita por foto-interpretação não restituída pode ter pouca precisão (portanto não é uma carta) e muito conteúdo. O tema também tem influência. Por exemplo, uma rua, construída depois da confecção da carta topográfica não diminui a precisão dessa, mas afeta o seu conteúdo, que fica um pouco desatualizado.
Carta
topográfica nada mais é do que um mapa, mas com grande riqueza de detalhes,
dependendo da sua escala. Se lembra da escala? Não
da Escala FM ou escala musical, e sim a escala da carta. Escala é a relação de
distância do mapa para o terreno normal. Por
exemplo, um mapa com a escala de 1:25.000 quer dizer que cada centímetro no
mapa equivale a 25.000 centímetros no solo. Agora basta você converter essa
medida em outras grandezas, como metros ou quilômetros.
Escala grande e Escala pequena: Não se
confunda: Escala grande é a que tem
um número baixo, por exemplo: 1:25.000, 1:50.000 pois quanto menor o número da
escala, maior são os detalhes do mapa. Para trekking, use mapas de escala
grande, 1:20.000, se possível.
Escala pequena, no caso, nos mostra menos detalhes da região. Se você tiver um mapa de 1:100.000 por exemplo, vai ser difícil perceber detalhes no solo. Afinal, 1:100.000 quer dizer que cada centímetro do mapa equivale a 100.000 de terreno.
NUNCA SE ESQUEÇA: número grande: escala pequena / Número pequeno:escala grande
Veja
a foto acima:
é uma ampliação de uma carta topográfica com todos
os detalhes.
Você pode observar as linhas horizontais
e verticais cortando o mapa. São os paralelos e os meridianos.
Vamos
tirar a poeira do cérebro e lembrar:
Linhas horizontais=Paralelos
Linhas verticais=Meridianos
As cartas diferem dos mapas pela
representação gráfica em grande escala, enquanto que os planos são cartas que
representam áreas relativamente pequenas, o que permite desprezar a curvatura e
adotar escala constante.
1ª ETAPA: 1.3 – PROPOSTA DE TRABALHO
Leitura e interpretação
de mapas
Objetivos
Compreender a cartografia como linguagem visual, universal e baseada em símbolos, códigos e convenções próprios. Ler, analisar e interpretar em diferentes escalas em um mapa. Elaborar um texto síntese sobre o papel da linguagem cartográfica como meio de expressar a espacialidade dos fenômenos e sua importância para a comunicação de informações.
Compreender a cartografia como linguagem visual, universal e baseada em símbolos, códigos e convenções próprios. Ler, analisar e interpretar em diferentes escalas em um mapa. Elaborar um texto síntese sobre o papel da linguagem cartográfica como meio de expressar a espacialidade dos fenômenos e sua importância para a comunicação de informações.
Conteúdos
Linguagem cartográfica, leitura e interpretação de mapas
Ano
7º ano
Tempo estimado
Três aulas
Material necessário
Jornais, revistas, livros didáticos, atlas geográfico e acesso à Biblioteca e ao Laboratório de Informática da escola.
Linguagem cartográfica, leitura e interpretação de mapas
Ano
7º ano
Tempo estimado
Três aulas
Material necessário
Jornais, revistas, livros didáticos, atlas geográfico e acesso à Biblioteca e ao Laboratório de Informática da escola.
Desenvolvimento
1ª
etapa
Proponha que os estudantes façam uma análise das
representações cartográficas apresentadas em jornais, revistas, portais da
internet, livros escolares e outros veículos de comunicação. Para
isso, divida a turma em pequenos grupos, entregue a eles algumas revistas e
jornais e peça que pesquisem, coletem, selecionem e organizem os mapas
encontrados, anotando tema, título, fonte, nome e data de publicação. Em
seguida, promova uma conversa com a turma sobre o que sabem a respeito dos
elementos centrais que devem estar presentes nos mapas e peça que analisem a
adequação dos elementos da linguagem cartográfica apresentados em cada mapa
selecionado.
2ª etapa
Com base nos resultados,
amplie as informações destacando que a cartografia é uma linguagem com
símbolos, códigos e convenções. Por ser uma linguagem visual e universal, é
desejável que um mapa possa ser lido e interpretado por qualquer pessoa,
independente de onde esteja.
Pergunte à turma quais são
os elementos centrais que não podem faltar em um mapa. Eles
devem pontuar: título, legenda, escala cartográfica, o Norte, toponímia,
projeção, coordenadas geográficas e símbolos e referências gráficas. Explique
que é indispensável que o mapa contenha as fontes anotadas de forma completa,
incluindo as pesquisas das bases de dados. Ressalte também que as
representações podem ser dispostas em pontos, linhas e áreas e organizadas para
mostrar relações entre fenômenos como diversidade, ordem e proporcionalidade.
Para possibilitar a leitura, o mapa deve conter a identificação clara do significado dos símbolos e cores adotados na representação. É importante também que não estejam muito carregados, com excesso de informações que comprometam a apreensão visual. O mais indicado, nesses casos, é que o tema seja apresentado em uma coleção de mapas.
3ª etapa
Para possibilitar a leitura, o mapa deve conter a identificação clara do significado dos símbolos e cores adotados na representação. É importante também que não estejam muito carregados, com excesso de informações que comprometam a apreensão visual. O mais indicado, nesses casos, é que o tema seja apresentado em uma coleção de mapas.
3ª etapa
Se necessário, faça um
rápido exercício de verificação dos elementos estruturais de um mapa em atlas
geográficos e livros escolares. Em seguida, proponha
que cada grupo examine com atenção um dos mapas recolhidos na primeira aula.
Peça que identifiquem e discutam situações em que os mapas devem ser
completados - ou até mesmo corrigidos - e elaborem um quadro com essas
observações, justificando-as a partir de premissas da linguagem cartográfica.
Com base nos resultados, solicite que cada grupo apresente aos demais as
correções que faria em cada mapa.
4ª etapa
Neste momento o professor
irá inserir o conceito de “espaço” e sua relação com as formas na geometria.
Proponha aos alunos a
construção de uma maquete para representar a sala de aula.
Pergunte se eles sabem o
que é uma maquete, se já viram em algum lugar e o que é preciso para construir
uma maquete da sala de aula.
Faça com eles a lista
dos elementos a serem representados e discuta quais os materiais (sucata) que
servirá para representar os objetos existentes nesse espaço.
Peça a colaboração
dos alunos no sentido de trazerem de casa os materiais. Discuta com eles a
responsabilidade de cada um, a divisão de trabalho: o que vai ser feito, quem
faz o quê.
Organize grupos de
trabalho. No primeiro momento, solicite a eles que experimentem várias formas
de organização da sala, projetando outras possibilidades de arrumação através
do uso de blocos lógicos e/ou desenhos que atendam as necessidades de trabalho
individual, coletivo, cooperação, participação, autonomia, acessibilidade aos
materiais, mobilidade, visualização dos objetos, alunos e professor/a.
Materiais Necessários:
‐ 1 caixa de papelão (42x30cm) ou uma caixa de sapatos
‐ Caixas de fósforo (de acordo com o número de mesas na sala)
‐ Tesoura ‐ Grampeador
‐ Canetinha ‐ Papel Crepon
‐ Régua ‐ Cola
‐ Papel colorido
Antes de iniciar a construção da maquete, explique aos
estudantes que eles irão representar o espaço da sala de aula e os elementos
que nela existem. Para isso, é necessário observar (habilidade que deve ser bem
explorada) tudo o que faz parte da sala – a forma dos objetos, o tamanho que
possuem (relação de proporção) e o lugar que ocupam no espaço, ou seja, a
localização.
2. Solicite a cada estudante para trazer uma caixinha de fósforos vazia, que será encapada com papel colorido (meninas = vermelho ou rosa / meninos = azul ou verde), cada aluno irá escrever seu nome na caixinha, para representar a sua carteira.
3. Explique que a caixa representa a sala da aula e que cada caixinha de fósforos, uma carteira. Peça a cada estudante que cole a sua caixinha no lugar correspondente ao espaço real que ocupa. Caso os estudantes sentem agrupados, devem reproduzir essa realidade. A maquete deve ser fiel ao espaço real representado.
4. Na seqüência, os demais elementos serão
representados com sucata. Solicite aos estudantes que observem todos os
detalhes.
5. Quando a maquete estiver concluída, é hora de
explorar as relações topológicas elementares (à esquerda de, à direita de,
próximo, distante, ao lado de, em frente, atrás, em cima, embaixo). Faça
perguntas para que os estudantes respondam oralmente.
6. Outro conceito a ser trabalhado é o de – as paredes estabelecem os limites da sala. Indague Qual o limite da nossa sala à direita? E à esquerda?
6. Outro conceito a ser trabalhado é o de – as paredes estabelecem os limites da sala. Indague Qual o limite da nossa sala à direita? E à esquerda?
7. Enfatize que a maquete é a representação
tridimensional do espaço real em tamanho
reduzido.
8. Para representar os elementos do espaço, os estudantes utilizaram símbolos. Por exemplo: as carteiras foram representadas por caixas de fósforos; a lixeira, por uma tampinha de creme dental, e assim por diante
reduzido.
8. Para representar os elementos do espaço, os estudantes utilizaram símbolos. Por exemplo: as carteiras foram representadas por caixas de fósforos; a lixeira, por uma tampinha de creme dental, e assim por diante
Localize as carteiras nas quais algumas
crianças desta classe estão sentadas. Marque na carteira a letra inicial do
nome ou nome completo de quem senta nela. Para isso, siga esses comandos:
· Paulo
se senta na frente de Mariana.
· Mariana
se senta do lado esquerdo de Sílvia.
· Sílvia
se senta entre Mariana e Angélica.
· Angélica
se senta na frente de Renata.
· Renata
se senta do lado direito de Fabrício.
· Henrique
se senta atrás de Mariana.
· Vanessa
se senta na frente de Angélica.
· Cristiano
se senta entre Paulo e Vanessa.
5ª etapa
Promova uma roda de conversa para debater e
estabelecer conclusões sobre o trabalho realizado. Peça
que anotem as principais conclusões e proponha a elaboração de uma dissertação
individual sobre o tema. Nela, cada estudante deverá discutir o papel da
linguagem cartográfica como meio de expressar a espacialidade dos fenômenos e
sua importância para a comunicação de informações e compreensão de temas por
diferentes públicos. Para enriquecer os trabalhos, é recomendável a inserção de
plantas, cartas e mapas e outras representações gráficas.
Avaliação
Considere a participação de cada estudante nas tarefas individuais e coletivas. Da mesma forma, verifique a correção conceitual, a clareza e organização dos textos, assim como da exposição dos resultados dos trabalhos. Na dissertação, leve em conta o modo como apresentaram e discutiram os processos e visões acerca do tema, bem como a correta apresentação e utilização das bases de dados, noções e conceitos cartográficos analisados. Reserve um tempo para que as turmas avaliem o trabalho realizado.
Considere a participação de cada estudante nas tarefas individuais e coletivas. Da mesma forma, verifique a correção conceitual, a clareza e organização dos textos, assim como da exposição dos resultados dos trabalhos. Na dissertação, leve em conta o modo como apresentaram e discutiram os processos e visões acerca do tema, bem como a correta apresentação e utilização das bases de dados, noções e conceitos cartográficos analisados. Reserve um tempo para que as turmas avaliem o trabalho realizado.
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