Jeitinho de Professora: História da educação

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

História da educação

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo pesquisar temas que são palavras chaves no estudo de Filosofia, dentre os quais foram escolhidos o mito, o rito e a consciência religiosa.
Em seguida o grupo fez um trabalho de campo que visou estudar e compreender estes temas em nossa região, Unaí-MG, como estudo foi escolhido à festa do Boqueirão no requisito religiosidade, ou seja, a importância de Santo Antônio e sua significação para os devotos durante gerações.
Quem já visitou a festa do Boqueirão sabe que o evento é uma grande demonstração de fé, amor e devoção que se repete há 263 anos e unem gerações que participam de procissões, missas, batizados e ajudam a abrilhantar a festividade.


2. MITO

Do mito foram dadas as mais diversas interpretações, das quais as principais são: mito-verdade e mito-fábula.
Segundo a interpretação “mito-verdade”, o mito é uma representação fantasiosa que pretende exprimir uma verdade; segundo a interpretação "mito-fábula", ele é uma narração imaginosa sem nenhuma pretensão teórica. Para a primeira interpretação, os mitos são as únicas explicações das coisas que a humanidade, nos seus primórdios, estava em condições de fornecer e nas quais ela acreditava firmemente. Para a segunda interpretação, eles são representações fantasiosas nas quais ninguém jamais acreditou muito menos seus criadores.
Os primeiros que consideraram os mitos como simples fábulas foram os filósofos gregos. A eles se juntaram mais tarde os Padres da Igreja, os escolásticos e a maior parte dos filósofos modernos. O mito expressa o mundo e a realidade humana, mas cuja essência é efetivamente uma representação coletiva, que chegou até nós através de várias gerações.
E, na medida em que pretende explicar o mundo e o homem, isto é, a complexidade do real, o mito não pode ser lógico: ao revés, é ilógico e irracional.

3. RITO

É uma sucessão de palavras, gestos e atos que, repetidas compões uma cerimônia (religiosa ou civil, na maior parte das vezes). No rito as palavras e os gestos ganham a sua sacralidade, e é por isso que muitas tradições existem até hoje, especificamente o Cristianismo. O caráter comunicativo do rito é de extrema importância, pois não é qualquer atividade padronizada que constitui um rito.
Através do rito, o homem se incorpora ao mito, beneficiando-se de todas as forças e energias que jorraram nas origens. A ação ritual realiza no imediato uma transcendência vivida. O rito toma, nesse caso, “o sentido de uma ação essencial e primordial através da referencia que se estabelece do profano ao sagrado”.
Em resumo: o rito é a práxis do mito. É o mito em ação. O mito rememora, o rito comemora.


4. CONSCIÊNCIA RELIGIOSA

A consciência religiosa aproxima-se da consciência mítica por seu caráter metafísico, ou seja, por buscar explicações para a existência em um universo não material. Nesse caso as verdades são reveladas por força da fé religiosa.
 Religião pode, assim, ser definida como o conjunto das atitudes e atos pelos quais o homem se prende, se liga ao divino ou manifesta sua dependência em relação a seres invisíveis tidos como sobrenaturais.
Tomando-se o vocábulo num sentido mais restrito, pode-se dizer que a religião para os antigos é a reatualização e a ritualização do mito. O rito possui o poder de suscitar ou, ao menos, de reafirmar o mito.


5. SANTO ANTONIO DO BOQUEIRÃO

Tudo era mata um boqueirão. Diz à lenda que a imagem de Santo Antonio apareceu no Boqueirão em cima de um toco de aroeira, as pessoas que ali moravam a encontraram e a levaram para a cidade de Paracatu, no dia seguinte a imagem apareceu novamente em cima do toco, dizem que ela voltou andando para o mesmo lugar onde foi encontrada.
Os viajantes passavam pelo local, viam aquela imagem em cima de um toco perto do Rio, diziam então ser um milagre e começava ali uma veneração. Os padres daquela época achavam interessante deixar a imagem no local para estar sempre voltando lá, porque assim se praticava a Evangelização.
Os festejos no local começaram por volta de 1780. E assim se iniciaram as Romarias, uma reunião das comunidades para ir ao encontro do Sacerdote, se reúnem uma vez no ano, os moradores que habitavam o local naquela época eram uma quantidade maior, mas com as dificuldades alguns deixaram de viver ali e foram em busca de melhorias.
Hoje só restaram algumas famílias que ainda vivem lá de uma forma bem humilde, relatam que ficam mesmo é esperando a festa ano após ano.
Ir até Santo Antonio do Boqueirão é uma tradição passada através das gerações de pais para filhos com preceitos Religiosos, usa-se essa tradição religiosa para a realização de missas, batizados, casamentos, etc. Uma moradora mesmo diz: que foi batizada lá e que batizou seus treze filhos todos lá nos pés do Santo, uma tradição que tem sempre como intuito a evangelização e renovação da fé, focam também a tradição cultural na qual se preserva as culturas como ir ate lá nos carros de boi, nas jangadas, etc.
Antigamente os Romeiros de Santo Antonio do Boqueirão eram mais as pessoas da roça, hoje em dia são muitos os tipos, mais ainda a maioria são pessoas assalariadas, humildes, pessoas simples que vão agradecer o ano que passaram e suas colheitas, famílias de fé, os que vão com outro propósito não são Romeiros e sim curiosos.
Conta-se varias historias acontecidas no Boqueirão, uma delas é a da chuva forte de granizo que durou três dias, derrubou toda a Igreja, mais o Altar com as Imagens ficou intacto, um morador recolheu as imagens e as guardou por nove meses até a nova Igreja ficar pronta.


6. O SANTO

Santo Antonio é o Santo mais popular do Brasil e, também, é conhecido por ser o Padroeiro dos pobres, Santo casamenteiro, sempre sendo invocado para achar objetos perdidos. Batizado de Fernando Bulhões, nascido em 1195, trocou seu nome para Antonio em 1220, Santo Antonio era um frade franciscano, nasceu em Portugal, mas viveu a maior parte de sua vida em Pádua, na Itália. Antonio morreu a caminho de Pádua em 13 de junho de 1231. Foi canonizado em 13 de maio de 1232 (apenas 11 meses depois de sua morte) pelo papa Gregório IX.
Apesar de não ter em seus sermões nada relacionados a casamentos, Santo Antonio ficou conhecido como o Santo que ajudava mulheres a encontrarem um marido por conta da ajuda que dava a moças humildes para conseguirem um dote e um enxoval para o casamento.
Reza a lenda que, certa vez, em Nápoles, havia uma moça cuja família não podia pagar seu dote para se casar. Desesperada, a jovem – ajoelhada aos pés da imagem de Santo Antonio – pediu com fé a ajuda do Santo que, milagrosamente, lhe entregou um bilhete e disse para procurar um determinado comerciante. O bilhete dizia que o comerciante desse à moça moedas de prata equivalentes ao peso do papel. Obviamente, o homem não se importou, achando que o peso daquele bilhete era insignificante. Mas, para sua surpresa, foram necessários 400 escudos da prata para que a balança atingisse o equilíbrio. Nesse momento, o comerciante se lembrou que outrora havia prometido 400 escudos de prata ao Santo, e nunca havia cumprido a promessa. Santo Antonio haverá fazer a cobrança daquele modo maravilhoso. A jovem moça pôde, assim, casar-se de acordo com o costume da época e, a partir daí, Santo Antonio recebeu – entre outras atribuições – a de “O Santo Casamenteiro”.

    
7. CONCLUSÃO

Quem já visitou o Distrito do Boqueirão sabe que o evento é uma grande demonstração de fé, amor e devoção que se repete há 263 anos e reúnem gerações que participam de procissões, missas, batizados que ajudam a abrilhantar a festividade. No dia 13 de junho, dia mesmo de Santo Antonio, de seis da manhã a meia noite Santo Antonio do Boqueirão recebe em torno de 15 mil pessoas, a festa de Santo Antonio do Boqueirão é uma espécie de feriadão para o povo da roça e ao mesmo tempo um momento de reabastecer a fé. Uma festa voltada aos sertanejos e a todas as pessoas de religião, porque o que sustenta a vida do pobre é a fé.








           
















      
        
        Foto em frente à capela principal.                                        Foto da família religiosa.


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